Foto: Divulgação Tiago Fialho
Não sei você, mas eu sou curioso. Muito. Gosto de entender como as coisas funcionam, mesmo que eu não lide com elas diariamente. Então imagino que você já tenha se perguntado, em algum momento, como é que o aparelho faz pra movimentar os dentes. Então vamos para uma explicação simples do processo.
A primeira coisa a entender é que os dentes ficam tortos por vários motivos. Falta espaço para o dente nascer numa posição adequada, algum dente de leite ficou ali por mais tempo, hábitos nocivos, como chupetas ou chupar o dedo… a lista é grande. Mas a verdade é que os dentes vão se ajustando, buscando a posição que achem mais confortável possível, mesmo que essa posição não seja bonita. E essa movimentação nunca para, porque nosso corpo é dinâmico e está sempre tentando se ajustar. E conforme envelhecemos, esse processo se torna cada vez mais complexo.
O princípio do aparelho é levar os dentes para posições que são consideradas ideais. Essas posições permitem conforto, distribuem melhor as forças de mastigação e criam, no corpo, a sensação de que aquela posição é tão confortável que os dentes não precisam mais movimentar. Ou seja, gera estabilidade. Mais uma vez, a tendência com o tempo e o envelhecimento é haverem mudanças, mas quanto mais estável for a mordida, menor a chance de isso acontecer.
Então o aparelho vai gerar uma força de pressão no dente, e essa pressão direciona e acelera o movimento. E cada bráquete, que é aquela peça colada em cada dente, é o responsável por direcionar esse movimento em cada dente. A complexidade está em que movemos todos os dentes ao mesmo tempo, e muitas vezes em direções opostas uns aos outros. Portanto, cada dente é movimentado individualmente, dentro de uma movimentação geral. Conforme os dentes vão chegando nessa posição considerada mais adequada, o Ortodontista vai mantendo-o naquela posição até que todos os dentes alcancem a sua posição. E quando todos alcançam esse objetivo, o tratamento está completo.
Resumindo, o aparelho move cada dente pra gerar um movimento total. Às vezes “puxamos”, às vezes “empurramos, às vezes “giramos”, mas sempre movimentamos, conforme cada dente precisa.
Dá pra imaginar o quando isso é complicado, né? Por isso estudamos tanto. É muito mais do que “colar pecinhas” ou “trocar uma borrachinha”. Mas também precisa de um bom profissional para entender todos esses movimentos complexos. Um especialista é sempre o recomendado. Isso te dá a certeza de que esse dentista sabe muito bem o que está fazendo!
