Jornada de autodescoberta

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Escritor lança livro sobre jornada de autodescoberta

Obra narra a história de Inocêncio que sacrifica suas ilusões e vai em busca do seu destino na esperança de um dia ser livre e governar a si mesmo

No quarto livro da jornada existencial de Inocêncio, o personagem principal do escritor Valdi Ercolani, de 80 anos, continua seu longo processo de autodescoberta, questionando o absurdo das realidades e examinando o paradoxo das relações entre os homens. Chamado à aventura de viver, ‘Inocêncio em busca do grande Homem’, lançado no fim do mês de maio, segue uma rota para surpreender o leitor com uma trajetória de crescimento espiritual.

O ponto de partida da história com 265 páginas ocorre em um momento muito significativo da história do Brasil, com as dificuldades que o presidente João Goulart enfrentava nas relações Brasil-Estados Unidos em 1963, a sua deposição pelas Forças Armadas em 1964 e a perseguição implacável dos órgãos de repressão contra os opositores do governo militar.

Inocêncio entra num estado de perturbação quando percebe que esta nova visão de mundo se mostra contrária à verdade que lhe foi ensinada. Passa a enfrentar situações que trazem problemas éticos, que dizem respeito às suas escolhas, as quais exigem um juízo de valor entre o que é considerado o bem e o mal, o certo e o errado.

Mas as informações registradas na infância não se apagam da memória. Aquilo que o avô ensinara, transformou-se numa semente que germinou oculta durante anos, até vir à luz na maturidade. “Inocêncio, já tens provisões o bastante para ir em busca do grande Homem, a fim de que um dia tu possas ser livre e governar a ti mesmo”, disse o avô, na véspera de sua morte.

Quem é o grande Homem?, questiona Inocêncio, permitindo que seus pensamentos vagueiem em busca de uma resposta. É aquele que age seguindo as normas da justiça e da moral? Um tirano cruel? Quem comeu muito e cresceu de tamanho? Quais são seus atributos? Onde encontrá-lo? Como entender sua grandeza?

Inocêncio reflete sobre sua vivência no Brasil e depois nos Estados Unidos da América, países jovens, com pouco mais de 500 anos, onde não conseguiu distinguir com clareza quais são as qualidades de um grande Homem. Pensa, então, no Velho Continente, berço de grandes pensadores, uma civilização superior, que ocultaria um saber milenar, uma cultura mais avançada do que o nosso ainda imaturo continente.

Disposto a sacrificar suas ilusões para poder crescer e aprender, Inocêncio decide partir para a Europa em busca do grande Homem, esperando que um dia ele possa ser livre e governar a si mesmo.

 

Sobre o autor

Valdi Ercolani nasceu de pais agricultores numa pequena comunidade rural, no Rio Grande do Sul, hoje chamada Nova Esperança. Quando tinha sete anos, sua família mudou-se para São Borja. Ali, foi engraxate, jornaleiro e trabalhou como projecionista no cinema local. Aos quatorze, foi morar na casa da família Goulart Macedo, em Porto Alegre, onde recebeu treinamento nas artes gráficas. Aos vinte e dois, viajou para Los Angeles (EUA), a fim de buscar conhecimento na área da criação publicitária. Retornou um ano depois e fixou residência em São Paulo, atuando como diretor de arte na MPM Propaganda.

Em 1966, decidiu ir para a Europa. Passou por Lisboa e Porto a caminho de Madrid, Espanha, onde trabalhou como roteirista de filmes publicitários nos Estúdios Moro. Em 1967, foi para Londres estudar a arte cinematográfica na London School of Film Technique.

Em 1969, mudou-se para Paris. Trabalhou na agência de publicidade Havas Conseil como diretor de arte criativo. Nesse período participou de um concurso de roteiros para uma campanha antidroga instituída pela Prefeitura de Paris, sendo um dos quatro premiados.

Em 1971, viajou para Argel, na Argélia. Retornou ao Brasil em 1972 e fundou sua produtora de filmes publicitários. Em 1975, produziu e dirigiu seu filme de longa-metragem, escolhido para representar o cinema latino-americano no Festival de Teerã.

Em 1990, foi viver em Barcelona onde atuou na área de cinematografia durante dois anos. Em 2000, inspirado na lenda do herói mitológico, começou a escrever sua saga de autodescoberta, passando pelos cinco estágios do crescimento humano: Infância (Inocêncio e a criança divina); Juventude (O despertar do Inocêncio); Maturidade (Inocêncio e o início da Jornada); Maturidade profunda (Inocêncio em busca do grande homem). Atualmente, dedica-se a escrever o quinto livro, que corresponde a Colheita.

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